Todo mundo sabe que internet é “terra de ninguém”. Os analfabetos funcionais fazem dela sua moradia disparando mísseis desgovernados e com grande poder de destruição, o caráter falho se nomeia e mascara-se, especialistas meia-boca opinam e espalham contra-informação, o feio magicamente torna-se esplendoroso, a hiena se torna um coala e outros acidentes que sabemos eu e você.
Óbvio que também podemos alcançar pessoas que nos são caras, pesquisar, debater, divulgar, conhecer lugares e coisas que nem imaginaríamos ver ou ouvir, falar em tempo real com amigos, namorada (s) – ups... acho que eu tinha que colocar (o) - parentes e possíveis e passíveis amores.
Infelizmente a capacidade do “mal” ainda insurge contra o bom uso dessa tecnologia.
Bem, tudo isso pra falar de algo que me caiu no colo, e que me deixou bem confuso... e... seguro! Como vocês verão, palavras que de alguma forma fizeram sentido nessa errática jornada humana (e a que eu posso alcançar) continuam a confundir mais do que explicar.
ADENDO: Sabe-se que na web, muitas vezes, notícias, textos e criações são atribuídos a pessoas que nem sequer conceberam qualquer idéia parecida. No caso que segue, os textos – apesar de certa desconfiança pessoal – são atribuídos a Luiz Fernando Veríssimo, e que, apesar de não ter certeza de sua legitimidade, senti uma boa dose de identificação e enxerguei, como disse, verdades que confundem e esclarecem.
TEXTO 1
Pensando bem em tudo o que a gente vê e vivencia e ouve e pensa, não existe uma pessoa certa pra gente. Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar é, na verdade, a pessoa errada. Porque a pessoa certa faz tudo certinho!
... Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas. Aí é a hora de procurar a pessoa errada. A pessoa errada te faz perder a cabeça, perder a hora, morrer de amor... A pessoa errada vai ficar um dia sem te procurar que é pra na hora que vocês se encontrarema entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada, é na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa. Essa pessoa vai te fazer chorar, mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas.
Essa pessoa vai tirar seu sono. Essa pessoa talvez te magoe... Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado, mas vai estar 100% da vida dela esperando você.
A pessoa errada tem que aparecer pra todo mundo, porque a vida não é certa. Nada aqui é certo!
TEXTO 2
Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...Te chama de nomes que eu não escreveria... Não te vira com delicadeza... Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar.... Sem querer apresentar pra mãe... Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral... Te amolece o gingado...Te molha o instinto. Dar porque a vida é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos.
Henrique: - Entra a suposta realidade! A que insiste em me confundir!
Mas dar é dar demais e ficar vazio. Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar. É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia. Dar é não querer dormir encaixadinho... É não ter alguém para ouvir seus dengos... Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. Esse sim é o maior tesão.
Concordem que são supostos textos do mesmo autor, falam de amor, mas extraordinariamente opostos!
Aí veio a dúvida. Quem é quem? O quê é o quê? Quem é o cara errado e quem é o cara certo? O cara errado é o que te faz “dar”? O cara certo é o que te faz companhia, atende telefonemas, dorme encaixadinho? Afinal o que querem as mulheres?
O cara errado é o certo realmente ou o cara certo é simplesmente o errado? Ou... o cara certo é certo porque é o errado ou o errado é errado porque ele é o certo? Nessa confusão de certos e errados o que dizer sobre o cara certo? Que ele é o que vai te fazer companhia pra viajar, ser apresentado pra sua mãe ou telefonar com as boas novas, mas não vai te fazer “dar”?
Nesse momento não evito o peso do julgamento, mas insisto em me declarar ausente de qualquer tipologia machista, chauvinista, arrogante ou anticavalheira, e digo: não sei pra você amigo macho, mas quem dá pra mim sente muito do que foi descrito e sim, além disso, escuta coisas carinhosas no ouvido (até as que só querem dar!), além das músicas que chamo de “obras-primas escritas pra nós” e que servirão pra lembrar um do outro quando estivermos fazendo viagens em direções opostas.
Pode até não ter a chance de me apresentar pra sua mãe, mas seguirá tendo a certeza que se isso um dia fosse possível, sua mãe saberia como posso ser amoroso, nos divertiríamos bastante juntos comendo pizza, faria shows de rock na casa dela nas datas comemorativas, saberia que teria alguém com quem pudesse contar de verdade e me amaria como um filho.
Poderia até nem dormir encaixadinho, mas simplesmente porque algumas pessoas não gostam de ter seu “ar” roubado durante o sono, mas receberia sistematicamente abraços durante todas as noites que estivéssemos juntos, e poderia ficar mais feliz com meus distúrbios do sono como a “síndrome da mão sonâmbula” ou do repentino “surto do espírito-que-bulina-dormindo”, também conhecido como “a moça que dá dormindo” ou ainda “a moça que ri”!
Acredite que isso talvez seja bem melhor e divertido do que se “encaixar”! Pelo menos o sorriso estampado de felicidade do dia seguinte – sintoma máximo da “moça que ri” - sempre me fez perceber assim e “encaixa” muito bem num rosto apaixonado!
Não quero aqui fazer apologia à aventura fácil concordando que o errado é o novo “ser” ou fazer entender que a normalidade da rotina não deve ser bem-vinda, ou mesmo expor o mundo ao vírus do erro, porque ser errado tem uma medida. Como aquela indetectável fronteira entre amor e ódio – só se odeia quem um dia amou.
Sei que pode ser doloroso e dolorido (ou doido e doído) ser o cara “errado”. Que se corre o risco das lágrimas de tristeza transbordarem com amarga abundância, mas sigo convicto que também é uma espécie de terremoto, que assim como põe as placas seguras na terra, coloca os ossos firmes.
A duras penas, concordo que em ser “errado”, se arrisca a ouvir impropérios desastrosamente mal colocados, que não só machucam, mas também cortam fundo a carne imaterial do amor e da alma, transforma a solidez na solidão e põe fim na melhor e mais importante história de amor de uma vida!
Mas, moça (s), se o cara errado é o certo, e eu sei disso, saiba que você tem a linha que costura a alma! Que nenhuma angústia nunca foi e nem é permanente! Que quando você pensa que é tarde demais, o errado existe pra mostrar o quanto você estava errada quando não acreditou que o fracasso podia dar certo!
Ser o “errado certo” é o maior dom pra fazer com que você nunca se importe com a distância ou com infelicidade, falta de telefonemas ou com a pequena quantidade de “eu te amo”, compensadas com as de “conte comigo” - porque são essas palavras que importam no final.
Nunca esqueça que o amor é cheio de erros!
Momentos de provação podem ser constantes, mas os de alegria sempre serão mais fortes e vibrantes! Acredito piamente nisso, porque esse sou eu! E eu me conheço! Ninguém nunca me convencerá do contrário!!!!!!!
O erro disfarça, mas não engana;
O erro envenena e fere, mas nunca mata;
O erro dói, mas é o inicio do alívio;
O erro é um punhal afiado, mas faca cega no coração de quem erra;
O erro não tem justificativas, mas abona o aprendizado;
O erro faz chorar, mas lança o dia do riso;
O erro é um risco suicida de quem um dia acerta, morre e nasce de novo;
O erro pode ser covarde, mas não tem medo de recomeçar;
O erro humilha e afasta para depois aproximar com altivez;
O erro é cego, mas sempre faz enxergar melhor;
O erro é um animal irracional, mas me faz humano;
O erro também pode ser imperdoável, mas não o acorrente;
E se nada disso convencer que um erro pode ser perdoado... só vá para onde ele não o atinja.
Certo de que posso estar errado, esse sempre vai ser meu maior acerto! O meu melhor erro e o que eu nunca poderia ter dito melhor!
Henrique
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
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Um comentário:
Apesar de quase ter dado um nó na minha cabeça,li e reli várias vezes esse texto e...poxa q massa!!!E é pq já tenho visto muita coisa boa por aqui.
Amei a parte do texto quando "supostamente" Luís Fernando Veríssimo diz "... mas dar é dar e ficar vazio.Dar é naõ ganhar.Mas dê mais ainda,muito mais do que qualquer coisa,uma chance ao amor.Esse sim é o maior tesão."È EXATAMENTE ISSO!!!!!!!
E quanto as suas opiniões,meu caro,te daria um abraço de mais ou menos 1 hora...rsrsrs
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