Isabela Boscov. Gosto muito dela. Amor platônico não-sexual!
Não tenho pudor em ascendê-la a círculos especiais de sincera consideração e respeito. Gosto de sua forma, de sua luz e de sua voz. Titular do semanário Veja, transforma suas críticas e comentários em verdadeiras poesias descritivas. Possui uma singeleza que mistura a erudição no tom certo e o burlesco sem escárnio desmedido. Uma dama da escrita quando a matéria é cinema! A inteligência dela me deixa de pau duro mesmo!
Anseio por sua maneira de desfilar as palavras!
Por coincidência, ela fala sobre “Amor e outras drogas”. Estréia prevista para próxima sexta no Brasil.
Quando vi no subtítulo da matéria “não dá liga”, me deu um medinho. Primeiro da discordância que parecia se instalar entre eu e ela, e por ter escrito – sem muita profundidade – sobre o filme.
Parti para o texto como se parte para guerra com menor contingente (o medo natural) e pouca munição (não ter oportunizado meus raciocínios). Ela descreve com competência os personagens - ambos entusiastas do sexo casual, tendo como lema aproveitar o máximo o presente e não se apaixonar, mas que o terminam por fazer.
Ela vai além, e claro, sem entregar nenhuma informação que possa estragar qualquer surpresa do filme, confirma a paixão dos dois e suas relações com a difícil questão de contemplar, ou não, um futuro a dois.
No fim, apesar do “não dá liga” e da insistência de separar o filme em dois – sendo um o “amor” e o outro “outras drogas” – demonstrando falta de coesão do diretor através de análises mais técnicas, ela em nenhum momento subtrai as qualidades de um filme de romance, principalmente em tempos de carência de boas histórias de amor.
Aliviado e feliz, de alguma forma, como naquelas improváveis histórias de amor, fiz par com ela ao destacar no final do meu texto uma cena específica – a nudez “deliciosamente vulgar” - e que como sendo mais bem paga do que eu pra isso, descreve com um tanto a mais de propriedade: cenas francas de sexo entre o par, opção bem-vinda num gênero que tende a idealizá-las.
Nos intoxicamos... Eu e Boscov... Com outras drogas alucinógenas que nos fez encontrar em qualquer dimensão cinematográfica do amor!
E... Cá entre nós... Sabemos que o amor é uma droga, né?
domingo, 23 de janeiro de 2011
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