sábado, 29 de janeiro de 2011

A criança em você e o adulto em mim ou... a criança nossa de cada dia

Criança é naturalmente criativa. Em sua insondável mente, junta retalhos de fantasia e realidade para ser e existir! Não sabe lá muito bem qual é o limite entre o que se pode ou deve dizer! Mas quem disse que isso é ruim?

Não é à toa que dizem que elas são angelicalmente indiscretas e dolorosamente sinceras!

5 e alguma coisa da tarde... voltando da casa do Carlim de fuskete, sentido leste/centro, no último semáforo da Frei Serafim, Enzo começa a usar a imaginação:

- Piloto se preparando para prova (começa a massagear meus ombros como o treinador que acalma antes da prova). Vamos arrasar!

Parando do lado de um carro guiado por uma mulher, sinal abre e Enzo narrando, emenda: “Deixando uma “mocréia” para trás...”

- Eeeeenzooo... que é isso?

- Tá bom, tá bom... A senhoooooora fica pra trás...

Claro que eu morri de rir por dentro! A mulher era horrorosa mesmo... daquelas que o marido deve chamar a cama que divide com ela de “câmara de tortura”. Mas ainda assim, não se cria ou se permite uma criança com tanta sinceridade assim porque senão ela mata o adulto de vergonha alheia!

Mesmo dia, mais tarde. Pedi pra que assistíssemos a um programa chamado “Kalor na Noite”, exibido pelo Meio Norte! Claro que não é o tipo de programa que ele prefere. Ainda assim, compreensivo, não recusou!

A reportagem seria sobre um passeio pelo percurso mais longo feito por uma linha de ônibus na cidade. Reagi ao repórter quando disse que iria acompanhar toda rota por todas as zonas da capital: Norte, sul, leste e... OESTE?

Enzo perguntou por que tinha reagido assim e expliquei que não temos zona oeste, e que ela corresponderia ao Rio Parnaíba e/ou a cidade de Timon (por onde o “Rodoviária Circular” nunca passou). Fora isso a matéria foi uma besteira tão longa quanto o percurso! Doloroso!

Num outro quadro do programa – Loucos por carro – Enzo nem precisou de qualquer auxílio meu!

O carro apresentado era um BMW, que numa jogada até bacana (senão fosse pela falta de empatia, talento, carisma, etc, etc, etc, dos protagonistas) foi entregue ao novo proprietário dentro da própria matéria, que sem muita ginga, falou pouco fazendo o repórter seguir com o famoso “está sem palavras” e continuar com “ele só consegue dizer TRÊS PALAVRAS: B... M... W...”

Enzo olha pra mim com ar de “que diacho é isso?”: “Não seria 3 LETRAS?”

Findo programa, repassa as observações sobre o “Kalor na noite” e nos preparando para assistir o “calça quadrada” e Megamente, com uma doce e inocente ironia finaliza:

- Esse programa devia se chamar “Terror na noite”!

Ri muito...

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