sábado, 18 de dezembro de 2010

Você sabia que cinema inteligente não precisa ser chato?


Nesses últimos dias tive um privilégio que divido com vocês agora: 2 belos filmes (que posso classificar como independentes por possuírem características como: surpreendentes atores desconhecidos, novos realizadores, criatividade e baixo orçamento).

“No meu lugar” é mais uma grata surpresa do cinema nacional (que passa longe da falta de talento, expressão e essência das “grandes bilheterias” do recente cinema tupiniquim), produzida longe dos grandes “globais”, rostinhos fáceis e que traz mais substrato na sua duração do que toda (eu disse TODA) a programação noveleira atual!

Lembra o cinema de narrativa não-linear (mas bem amarrado) de “Crash – No limite” de Paul Haggis, “O Jogador” de Robert Altman e “Magnólia” de Paul Thomas Anderson.

Como eu disse, possui atores na medida exata e é uma crônica urbana que nos leva ao Rio de Janeiro de uma tragédia anunciada. Casal que volta à uma casa maculada por tragédia, policial afastado do serviço e morador de morro que encontra o amor, todos ligados na história. Cinema competente e sincero. Simples assim.

Diálogo bacana (tino criativo):
Depois de se conhecerem, marcarem um encontro, muita paixão do primeiro dia e vários beijos na boca...
SMACK!!!!!
- Eu gosto muito de você, sabia?
- Que bom, né?... Já que a gente tá se beijando faz tempo!!!!!!

Cyrus conta a história de um jovem (muito excêntrico) que não pretende dividir a atenção e o amor de sua mãe com ninguém. A mãe do rapaz é uma mulher atraente, amante ativa e machucada na medida do amadurecimento que transforma menina em mulher (se é que isso existe ou sou só eu e minhas teorias absurdas). Mãe conhece recém-divorciado e então começa a pequena disputa humana entre todos, principalmente entre pretendente e filho. Com bom humor, um retrato do amor e da família contado de forma realista, apurando as facetas da convivência!

ps: assisti recentemente um desses “intelectuaizinhos” da TV Brasil falando sobre esse filme como dica. Minha dica: não procure ou veja o filme como exercício intelectual, e sim, como exercício de observação do comportamento!

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