Recentemente, revi uma das boas temporadas do “Sítio do pica-pau amarelo”: Minotauro. Estranho começar esse texto sobre amor – mais uma vez - falando desse épico televisivo?
Não... Explico.
Além dos mitológicos Teseu, Ariadne, Rei Minos, Ícaro, Dédalo, participa o arrogante, vaidoso e soberbo deus Dionísio (deus do êxtase e do entusiasmo, levava com seu cortejo alegria e felicidade e também era considerado protetor das belas artes).
Pronto. Chegou o amor! Pra ser mais preciso o “deus do amor”.
Como reage um não-deus homem (mas não somos a imagem e semelhança de um?) ao ser chamado e reconhecido, pelo menos pela amada, com esse título?
Até acho nem saber o valor e a precisão de considerações dessa natureza. O que posso dizer é que o dia seguinte de uma noite chuvosa de verão causa reações estranhas, tresloucadas e muito, mas muito apaixonadas. Aaahhh essa chuva e suas amorosas conseqüências!
O poder, a exuberância, a confiança, a oportunidade, a coreografia, o domínio, a arte, a fala, a graça. Esse é o primeiro dia!
A primeira moça ficou totalmente... Ops... Desculpe. Quis dizer: Primeiro a moça fica embaraçada na sedução irresistível do semi-deus. Daí por diante, depois de conclamar o mundo (ao seu redor) e canonizar o belo jovem com o título de “deus do amor” e definindo essa força amorosa devastadora que ele mesmo nem sabia ter, tudo muda!
Cenas de outro dia num outro lugar com os recentes poderes adquiridos/atribuídos:
- Como eu gostaria de passar 20 minutos com você! Diz uma outra moça.
- Huuummmm... Acho um privilégio ouvir isso de você! Sim! Claro! Assim... Bom ouvir isso e assim... Eeerr... Tá... Tá bom!
Minutos depois, fui raciocinar sobre os 20 minutos oferecidos.
Primeiro tentei entender o porquê dos exatos 20 minutos. Boa jogada essa da “pobre mortal”. E fica aqui meu protesto contra qualquer fator misógino da tática – que pode parecer vergonhosa – da moça. Sinto muito “coro dos descontentes”. Sabe o que quer quem sabe o que quer!
20 minutos = 8 minutos pra boca (tradução para língua) e pras mão (tradução para dedos), 11 minutos do Paulo Coelho (que apesar do sobrenome adverte para dura ação, digo, duração... sem trocadilhos, hehehehe) e 1 minuto pra fumar e ir embora!
Estrupiando qualquer arresta e usando todos os artifícios que me concedeu minha preciosa vida, segui... Juro que tentando descobrir esse misterioso véu que encobria o estímulo, ao mesmo tempo temporal e jocoso da amante. Pensei em reações. Sagradas e profanas. Utilizei o máximo do divino da minha medíocre humanidade. Bem...
Genial.
Sabemos que nem todos se amam (mas podem!) e que seria impossível se amar assim! Mas também sabemos que devemos espalhar, semear, difundir e propagar (às vezes sem prolongar) o amor.
Dizem por aí que temos a tal “alma gêmea”. Isso automaticamente descarta a possibilidade de várias e exaustivas tentativas. Porque num esbarrão ou outro ela vai aparecer!
Cara, que menina esperta!
Enquanto acontecem os esbarrões, vamos distribuir 20 minutos para fazer o mundo ser um lugar mais cheio de amor!
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