"Absoluto senso de estética pop"! Seria assim que eu definiria alguns dos novos diretores da safra contemporânea do cinema nacional!
Primeiro que a parceria com o talentoso Wagner Moura (que com uma boa dose de bom senso do espectador se prova nesse filme) é de uma esperta jogada de mestre!
Hoje me deparei com a insensibilidade de alguém que julgou capa e título! Ainda bem que cedo aprendi que não devo acreditar que tem monstro atrás da porta antes de abri-la.
Cláudio Torres já tinha conquistado minha admiração na comédia "A Mulher Invisível", um filme que não temo comparar com qualquer uma das boas comédias produzidas em qualquer país com tradição cinematográfica. Segue a informação que além de diretor dos filmes acima citados, ele também roterizou ambos.
Como disse, numa pegada pop, o filme mistura "De Volta Para o Futuro" com Charlie Dickens e assinalou pontos acima de média quando ouvi "Reflections of my life" - meu coração acelerou e aí percebi que seria no mínimo delicioso. Wagner Moura continua sua saga "Legião Urbana" (primeiro foi em Vips) e além disso, uma boa e "adoçicada canção batida de amor" sempre é bom ser lembrada (INXS).
O cinema nacional não tem tradição de "ficção científica", mas com bom humor e criatividade, Torres (descendente da talentosa família de Fernanda Montenegro e Fernando Torres) dá um banho com uma história de viagem no tempo, "reorganização molecular" e "transferência de consciência".
Bato palmas de pé para esse pequeno e modesto exemplar de cinema pop referendado pela veia cômica do baiano Wagner Moura.
Continuo com o bater da bengala no chão para Jorge Furtado, Guel Arraes, André Klotzel, Heitor Dhalia, Marcus Jorge e Selton Mello.
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