segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A verdade sobre o domingo


Domingo sempre divide opiniões.

Alguns acham tedioso, aborrecido, odioso, insuportável, maçante, ainda mais estimulado com a falta de boas alternativas (que convenhamos contribui mesmo!).
A televisão aberta segue sendo um verdadeiro convite ao suicídio coletivo (tava observando e me perguntando como uma ultrapassada e sem graça Xuxa continua instituindo o diploma da falta de talento e da completa babaquice num descontrole que apela para o sentimentalismo descomedido e também como o tal Faustão é um completo idiota abalizado pelos telespectadores).
E apesar da disputa acirrada com o sábado, esse dia nunca consegue fugir do título “dia de faxina” pra tristeza somente de mães e esposas, já que outros com essa mesma obrigação, mas sem a presença dessas “entidades” citadas, sempre podem dar um “jeitinho” pra depois. 

Não preciso de muita sensibilidade pra entender que outros devem adorar essa oportunidade de esquecer horários, obrigações, chefes antipáticos, colegas burros e burocracias enfadonhas! Dia de se “refestelar”!
Existe ainda a piscina de domingo (que eu nunca entendi o porquê dessa regra estabelecida quando existem dias e horários mais divertidos, como a madrugada dos dias úteis), o churrasco, a visita aos familiares, etc.
Eu gosto dos domingos! Confesso que vez ou outra até os utilizo para afazeres comuns – limpeza, churrasco, visita – mas cedo aprendi que com alguma disciplina, tradição e equipamento, sempre se pode espantar os maus agouros do domingo.
Digo que na pior das hipóteses, quando não se tem qualquer perspectiva, ainda sobra o sexo... Mas não estou aqui pra falar sobre esse assunto, só citei pra você não esquecer isso!
Bem, como disse, eu não tenho problemas com domingo e evito a sensação de total dormência/demência atarracada nesse dia com tradições simples e disciplina férrea:
Começo ditando que na maior parte dos domingos é bem melhor nem sair de casa. Você corre o risco de encontrar os dementes por futebol em todo ou qualquer lugar, ocupando todos os recintos, e concordamos que, êta povinho sem convicção de existir. Eles e suas impávidas e vazias companheiras. Nessas horas nem sendo o mais tolerante ser, posso ter qualquer tipo de respeito ou admiração pelas mulheres!
Sabe? Por esse motivo, elejo as mulheres como as indispensáveis e importantes cobaias de experiência. Quem agüenta isso pode ser: inoculado com todo e qualquer tipo de vírus incógnito, bactéria desconhecida ou veneno, além do fato de que, numa hecatombe nuclear elas podem experimentar qualquer alimento apodrecido antes do consumo seguro. Que força!!!!!
Mas muita calma, porque essa constatação não me deixa de todo entristecido ao saber da colaboração que a observação desses “seres” pode trazer aos intelectuais de estudos antropológicos.
Isso sem falar que onde eles estão, leia-se: tampa do carro aberta tocando um pagode desgraçado ou – pela milionésima vez – o mesmo show ao vivo que o Chiclete com Banana insiste em fazer todas as MILHAAAAARES de vezes que vem aqui tomar dinheiro desses trouxas.
Se você não concorda, só me responde: QUAL FOI A ÚLTIMA VEZ QUE VOCÊ OUVIU UMA MÚSICA NOVA DO CHICLETE COM BANANA?
Voltando ao domingo, não é necessário acordar tão cedo, mas também não aconselho a ficar a maior parte do tempo no quarto (mas se quiser, prepare algumas coisas interessantes antes de dormir e as deixe ao alcance da mão).
Cozinhar é relaxante! Mesmo que você não saiba, aprenda e experimente!
Organizar casa ou quarto, lavar roupa, etc, só se for atacado pelo rompante “gata borralheira”, e sendo assim, estar realmente disposto e entender a alegria do cumprimento dessas tarefas.
Alguns bons minutos pra leitura é muito bom! Qualquer coisa vale – quadrinho, moda, comportamento, Brasil, mundo.
Nem preciso falar de filmes, né? Mas vale outra dica: aproveita e assiste aquele de terror que você acha que tem medo de assistir à noite sozinho!
Aproveito e indico, citando os de hoje (segue as notas e pode confiar):
Chatroom  (terror) nota 9; Jogos Letais (ação) nota 8; Segunda Chance (comédia) nota 7;Largo Winch II (ação) nota 7; Dead Plane (terror) nota 7; Zumbi Strippers (terror) nota 8; Fantasma de Buenos Aires (comédia) nota 8.
Muita atenção, pois você não precisa se relacionar com quaisquer meio de comunicação como a Globo, o SBT ou a Record – nem tão pouco posso defender as entrevistas com intelectuais ou filmes e documentários “cabeça” comuns na programação da Tv Brasil, afinal domingo é dia de amenidades -  e se você resolver “encarar” essa programação com qualquer tipo de tolerância ou na tentativa de um golpe de sorte, saiba:
1-      Tolerância zero. Eles estão se fudendo com você, visto a qualidade do material que você vai encontrar.
2-      Nesse jogo de azar você vai ser o campeão... de transtorno!
Fast/Junk food combina com domingo, e se a grana tá curta, basta dar uma volta no supermercado (já falei que supermercado é o máximo, né?) com 10 pilas que já resolve!
Bem, sobre o domingo, sempre começo ou termino com uma soberba presença feminina. Ela é espirituosa, inteligente, astuta, charmoso e exuberante, além de me entender como poucos – eu sei que ela faz tudo pra mim - e divide comigo a maldição de ser entendido por poucos!
Mas até assim, no exercício dos seus julgamentos, exerce uma parcimônia que pode ser invejada pelo mais sutil código de conduta. Observe o espetáculo de hoje...
Sobre “Tarde Demais” (Beautiful Boy, Estados Unidos, 2010), ela escreve sobre uma determinada passagem do filme e adverte cuidadosamente sobre o pouco cuidado que os espectadores muitas vezes carregam ao cinema (pois ela também entende sobre animais) com uma, digamos, “sub-reptícia franqueza” quando fala sobre o protagonista – “Em mais um desempenho superlativo, Michael Sheen (o Tony Blair de A Rainha) detalha a desintegração de seu personagem a partir de um momento tão discreto, tão subtendido, que é obrigatório avisar ao espectador que não o perca”. Aí então ela segue falando sobre a cena.
Atente que ela exime o pronome (alô, arrogância?) pessoal da sentença para mascarar o arrojado aviso quando se lida com limítrofes e o faz magistralmente!
INTERVALO
De modo recente li um livro sobre sexo e cinema que o autor abusa dos “eus”, “esse escriba que vos fala” (que ridículo), “comigo” e mais outras setas em direção ao ego que só valoriza as verdadeiras proezas literárias.
FIM DO INTERVALO
“Querida, por favor olhe bem em meu rosto, e tente enxergar o que os outros não conseguem ver”.
Que bela dama de domingo é Isabela!

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