segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Quase perfeitos um pro outro


Sempre tento me convencer do contrário, mas desde pequenos olhares, acordes simples ou suntuosos, gingados desajeitados, raiva, loucura, sussurros, sorrisos, gritos e gemidos,  enfim, a existência em si... Tudo é amor!

Falei nisso porque diante de tal (quase ou meia) verdade, ainda que sejam tantos caminhos possíveis, o fim invariavelmente é essa momentânea convivência eterna! O Casamento. 

Num pequeno papoco mental, meio imediatista, pouco profundo, porém urgente, me veio agora que se eu fosse ou pudesse definir esse compromisso, usando simbolismos e metáforas, seria com a fantasia literária "Onde Vivem os Monstros". E na continuação desse pensamento não é que percebo que é uma história infantil!!?? 

O conto fala sobre enfrentar as manifestações das nossas próprias facetas, representadas pelos monstros encontrados num mundo paralelo: carência, agressividade, arrogância, criatividade, amabilidade e melancolia e outas vicissitudes. 

Bem... E no fim? Não é o comportamento infante que não nos deixa crescer? 

E não falam do compromisso matrimonial como o primeiro passo maduro? Uma solapada no solo do egoísmo, da irresponsabilidade, da individualidade? A tal ruptura pra maturidade? 

Uma criança que sente vontade de "estar em algum lugar onde alguém gostasse dela de verdade"! 

Encontrou paralelo? Onde mais devemos/deveríamos estar pra ter alguém que gosta de verdade?

Meninos e meninas... Desde criança todo mundo quer casar! A gente nasce pra isso... E eu concordo!

Fato: ninguém deixa de ser uma criança egoísta, a gente só aprende a ser mais resiliente (quando passamos a pensar com um tanto de sobriedade sobre casar).

Portanto... Mito: um dia a gente amadurece.

De um livro sobre casamento: "Embora, do ponto de vista doutrinário, se considere o casamento como um contrato, a verdade é que seu caráter institucional é transcendente".  

Poxa, isso está muito bem dito! Mas quem realmente entende isso?

Por baixo de todo amadurecimento, sobriedade ou seja lá do que disfarçamos nossa maturidade, ainda somos homens das cavernas. Tem horas que a gente não consegue ser o homem ou a mulher que deveríamos ser!

Quer ver? Se explica assim (e vou falar de forma breve e pacata pra não escandalizar a hipocrisia): Quem de nós descarta os desejos? 

Agora tente responder com coragem e desligado de imposições obrigatórias trazidas pelo compromisso! Sim... Porque mesmo no compromisso é assim que nos sentimos (desamarrados) de quando em vez! Todo mundo tem conflito com os amores e suas obrigações.

Véio... Numa hora dessas aí tu num vai tá nem aí pro siribolo que pode dar!!! 

"Aaahh... Nem vai dar problema".

Entendo, e acima de tudo, sei que existem pessoas que lidam facilmente com essas provocações naturais do dia-a-dia e que se saem muitíssimo bem, obrigado! Bravo, bravíssimo!!! E tbm não estou dizendo que isso é impossível. Claro que não. Na verdade isso é amor!

Bem... E aí fica tudo complicado porque nesse acordo amoroso serão horas e horas de confrontos internos e externos. Você tenta dar mobilidade pra compreensão, pro respeito, pra confiança, pras diferenças, mas guardadinho lá no fundo da alma, junto com toda amabilidade que cerca a relação estão os pequenos monstros do seu mundo particular!

Não estou tentando encontrar resposta pra nada, muito menos nesse texto nervoso e sem muita acuidade. Eu teria que dedicar uma vida! Só tenho uma e eu também quero me dedicar a casar! Entendeu?? hahahahahahaha... 

Ou você entende ou casa!!! Não dá pra fazer os dois... 

Cara... Eu poderia parar o texto aqui mesmo!!!!! Esses últimos parágrafos já disseram muito por si!

Continuo...

Posso tentar dar uma dica. Acho que não seria exagero dizer que miro no calcanhar de Aquiles - o semideus que morreu por causa do amor (irresponsável e infantil) de Páris por Helena (que por sua vez condenou uma nação à morte por sua contraparte amorosa) que era amada de Menelau que provavelmente a perdeu por um dos seus pequenos monstros particulares - dessa relação chamada casamento (leia-se amor).

O detalhe é tão imperceptível quanto o fato!

1 - As pessoas são o que são;

Simples assim. Nem precisa estudar psicologia, matuto! De tão óbvio as pessoas parecem não enxergar esse fato que faz a maior diferença na hora das diferenças. Dificilmente alguém muda por amor. A gente sente vontade de respeitá-lo. 

2 - Você nunca consegue resolver todos os problemas antes do casamento... E outros deverão surgir!

Ter tempo pra realmente conhecer quem a gente escolhe pra passar a vida é no mínimo cauteloso. Mas daí a pensar que essa relação que antecipa a união vai te dar toda certeza sobre o parceiro, você não sabe muito sobre 'vida real'. Mesmo com a cautela, a jornada vai surpreender pro bem e pro mal.

3 - Evitar com toda força a parte que você não consegue mais consertar o que foi dito;

Acho ser essa dica a mais importante. Existem limites que não devem ser ultrapassados. Essa é a melhor hora pra exercitar a tal resiliência (que te faz adulto) citada antes.Quando você diz algo que não pode mais ser apagado da lembrança, não esqueça que você quebra o acordo mais importante do amor. Um acordo invisível, tácito e imperceptível. Aquele em que não há rituais ou documentos assinados. Um que é alimentado de meiguice, incondicionalidade, risos, compreensão, beijos, olhares, proteção, carinho, abraços e as mais diversas maneiras de se dizer 'eu te amo'. 

Falo do acordo de confiança mútua. 

Incrível como o acordo mais quieto e silencioso quando dissolvido é o que mais dói! 

Alguém que ama disse que "ouviria as piores notícias de seus lábios"! Acho que não... A gente não fica mais o mesmo ser!

Ainda assim, glória ao amor porque acho que ele nunca acaba! Sendo assim também digo que não existem maiores ou melhores amores. Todos numa certa medida, que passam por nossa vida, são de nossa exclusiva responsabilidade deixá-los ficar ou não. E assim então, fazer funcionar o casamento.

Na maioria das vezes a gente se engana nesse tal 'prazo de validade' do amor. Como disse, ele não acaba, só deixa de ser alimentado, definha dolorosamente e aí vem os casamentos que fracassam, as possibilidades que não se concretizam e a tortura de frases que começam com "E se?"

Bem... Vamos deixar de baboseira que a vida é bem maior!

Sinta-se livre pra bailar e pronto pra amar. O amor é fatal mas somos todos fortes! Esguele seu desejo e não viva essa aventura em silêncio!

A mente se apavora com as obrigações do amor, mas o amor também é um brinquedo e você ainda é uma criança!

Amar pra mim é como escrever esse texto. Nem me dá trabalho... As idéias aparecem naturalmente e vão indo e indo. Dói... Mas não me dá trabalho!!

De tudo até hoje, dizem que primeiro temos que nos amar pra poder amar outra pessoa. Ótimo! Nada melhor do que uma boa dose de amor próprio!

Mas... Toda teoria se desfaz! 

Eu...

Quero aprender a me amar e amar você ao mesmo tempo... 

Você devia experimentar!

Talvez você cresça, deixe de ser o "menino" e vire o playboy!

Se eu vou ser uma coisa ou outra... "Vou deixar o medo morrer e ser o que eu posso ser"... 

O tempo diz ou o vento leva!

'You may kiss the bride!'

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